quarta-feira, 27 de julho de 2011

Mangia che te fa bene!

Estava eu num daqueles dias de puro ócio procurando algo diferente para ouvir e PÁ! pensei, Tarantellas! Por que não? São animadas, bonitas e eu quero. Comecei a pesquisar algo sobre esse ritmo tão conhecido que de tão tão vulgarizado se tornou bastante ordinário. Ontem, me lubrificando socialmente, com aquele fluido divinamente dourado e geladinho com alguns amigos, citei meu desejo de tarantellas e um de meus amigos soltou aquela infame piada: "-Tarantella?? Aquela aranha grandona???" todos rimos e só. Maaassss, pesquisando descobri que tarantellas tem tudo a ver com tarântulas!
Pasmem meus caros, há registros desse ritmo desde 160AC! Seu uso original era em celebrações ao deus Apolo, deus da música e da dança. De geração em geração ela se tornou uma característica muito forte da região de Taranto, um província bem no sul da Itália, e graças ao nome da província e da abundância de aranhas que existia lá, chamaram essas aranahas adivinhem do que? TARÂNTULAS! Muito bem!!!! Como essas aranhas são bastante venenosas, e digo isso com conhecimento prático e empírico de causa, era tocada uma música bastante rápida e animada para acompanhar o frenesi da vítima (chamado de tarantismo, aliás), causada pela neurotoxina da aranha e para tentar adiar ao máximo a morte do infeliz. E sim meus caros, esse ritmo foi denominado Tarantella! Curioso, não? 



Enfim, vamos ao que interessa. A Tarantella tem suas milhares de variações dependendo da região da Itália em que é executada, por exemplo, uma napolitana:


uma sicilliana:


uma calabresa (quase um baião!):



Mas a minha preferida é a Tarantella em Lá menor, op.6 de Camile Saint-Saëns, originalmente composta para orquestra, mas aqui executada com piano, clarinete e flauta, redução feita pelo próprio compositor.



Ahhhh e não inventem de dançar sua tarantella sozinhos viu?! Dá azar!




Enjoy!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Arménia! lá vamos nós!

Gente, desculpem o atraso no post e esse vácuo no blog, mas a vida tá meio corrida.
Enfim, hoje resolvi fazer diferente, vamos pros moderninhos.
Eu sempre fico deslumbrado quando ouço Khachaturian (hã? quem? cuma?), sim Aram Ilich Khachaturian, ele morreu em 1978 e foi um compositor genial. Segundo a teórica Margarita Ter-Simonian: "Quando as peças de Khachaturian são tocadas é como se a Mãe Terra estivesse se expressando fisicamente. Ele viveu e criou para as pessoas, e queria ser ouvido e compreendido. Enquanto muitos compositores do século vinte divagavam a procura de um linguagem "original", Khachaturia compunha músicas que eram claras, mas ainda não primitivas, compreensíveis mas complexas".
Mas coloquem seus miolinhos para funcionar e pensem bem. É óbvio que vocês conhecem ele! Num de seus balés, especificamente no Gayaneh, consta a Dança do Sabre que se tornou bastante popular (e tocou no Pica-Pau e no Tom & Jerry também! uheuheueh).



Mas vamos ao que interessa. Uma das obras que eu mais admiro de Khachaturian é a Masquerade Suite. Essa obra foi composta em 1941 para uma peça de teatro chamada Maquerade, escrita por Mikhail Lermontov, um escritor russo já morto na época. A suite é composta de 5 movimentos, Valsa, Noturno, Mazurka, Romance e Galop. Todos os movimentos são lindííííííssimos, mas deixo vocês só com a Valsa, excelentemente executada pelos alunos da Universidade de Leipzig . Se quiserem, procurem no youtube que com certeza irão achar os outros movimentos.



Enjoy! ;D